terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AMANDO SEMPRE.


É muito bom aprendermos a valorizar o que realmente sustenta a vida a dois – o amor. Pois, as colunas que elevam e sustentam o casamento são as palavras, gestos e atos de amor.
Antes de tudo, precisamos escolher amar sempre. Escolher encher nossa vida de amor. Escolher caminhos que revelem, em todo seu percurso, o poder do amor como princípio de vida. Aliás, a própria escolha, em si mesma, é uma evidência de que nossa vida é regida pelo amor de Deus.
Contudo, não esqueçamos o fato de que, quando o apóstolo João definiu o próprio Deus em Sua essência como amor (I João 4:8), deixou bem claro que o amor além de ser um substantivo, é também verbo (João 1:1). Por isto, Benjamim Shield disse: “O melhor discurso é a ação”. Por sua vez, Richard Carlson afirmou: “Verdadeiras escolhas amorosas exigem verdadeiros atos de amor” – Os Caminhos do Coração, p. 19.
Todos os dias, as oportunidades e as possibilidades de desenvolvermos nossa capacidade de amar são inúmeras. Começam no momento que acordamos. Por exemplo: quando elevamos a mente a Deus em oração na brisa do amanhecer; quando acordamos o cônjuge sussurrando que o amamos e beijamos suas mãos, suas costas e seu rosto; quando saudamos a vida com alegria. Assim, já começamos o dia escolhendo o amor.
Ainda que não tenhamos motivos, uma vez que o verdadeiro amor, mais do que um sentimento, é um princípio, saúde a vida cada dia, com mais amor.
Podemos perceber facilmente que um dos grandes desafios do amor na vida a dois, é trocar a lógica do “vou amar quando…” (amor condicional), pelo princípio do amor incondicional “vou amar sempre.” A nossa tendência natural é amar as pessoas e a vida quando são ou estão do jeito que queremos. Por exemplo: quando o cônjuge nos trata muito bem, quando os filhos se comportam e fazem coisas que nos causam orgulho, quando os sogros ficam do nosso lado,quando os colegas de trabalho nos ajudam, quando a vida está em tudo sorrindo para nós, inclusive a arrumação da nossa casa.
No livro “Momentos de Intimidade com Deus”, Marita Littauer compartilha sua experiência de amor incondicional ao escolher priorizar a felicidade de seu marido a ter uma sala de estar adequada para receber suas amigas. Ela nos conta o seguinte:
“Chuck, meu marido, tem um aeromodelo cujas asas chegam a medir um metro e meio. É impossível enfiá-lo em qualquer canto. Em nossa casa, fica pendurado bem no alto, no teto de nossa sala de estar. É um biplano vermelho vivo, impossível de não ser notado. Como é muito importante para Chuck, aceitei-o como mais um item em nosso dia-a-dia.
Recentemente, após passar horas limpando seu aeromodelo, ele o levou a um show de aeromodelagem, em que seu avião fez um bocado de sucesso. Chuck descobriu que era mesmo muito valioso. Antes de devolvê-lo a seu gancho no teto, procurou protegê-lo, cobrindo-o com plásticos da lavanderia, com propaganda e tudo.
Ter aquele aeromodelo pendurado no teto é um ato de concessão e de amor. No entanto, ter aquele objeto coberto com sacos da lavanderia, com palavras escritas nele, era demais.
- Jamais poderei receber visitas em casa novamente… – queixei-me. Após minha reação exacerbada, saí e comecei a podar minhas rosas. Quando respirei fundo, Deus falou comigo: “Ame-o de forma extravagante”.
Pensei: Tudo bem. Será que realmente faz muita diferença o aeromodelo estar coberto com um plástico ou não? O que é mais importante: meu marido estar feliz ou eu ter uma casa adorável?… Voltei para dentro de casa e pedi-lhe desculpas, pois já estava preparada para aceitar os plásticos da lavanderia. Nesse meio tempo, ele decidira que eu tinha razão e que aqueles sacos plásticos eram feios demais. Retirou o aeromodelo, removeu os plásticos da lavanderia e cobriu tudo com filme plástico, que nem mesmo era visível!”
Quando escolhemos amar, reagimos com compreensão, aceitação, perdão e superação. Tanto nas pequenas como nas grandes questões da vida a dois. Isso acontece todas as vezes que decidimos trocar a facilidade do “vou amar quando…” pela dificuldade do “vou amar sempre.” Quando escolhemos amar sempre, aprendemos a responder à vida com amor, ainda que não seja lógico.Pois Deus é fiel.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O MINISTÉRIO DA DOR.


Porque Deus permite que os seus filhos sofram? Muitas pessoas em muitos lugares se pergntam a mesma coisa cada vez que enfrentam a dor ou outras dificuldades. E isso é lógico, já que o ser humano não foi criado para a dor. O sofrimento é uma experiência que entrou depois do pecado, portanto, por mais fé que você tenha em Deus, a dor não vai combinar com tua vida. Sempre será uma experiência intrusa.
O Senhor Jesus disse numa certa ocasião que quando o sol nasce, nasce para os justos e injustos e quando a chuva cai, cai para os bons e o maus. Talvez isso possa explicar porque os filhos de Deus são tocados pela dor a pesar de depositar toda sua confiança nEle. Vivemos num mundo de dor. Não há como fugir dela. Enquanto nós peregrinemos neste mundo, muitas vezes vamos ter que chorar diante das tragédias, da doença, e da morte.
Não sei como foi a sua semana. Mas não importa quem você seja e como as coisas tenham ido para o teu lado, não duvides do amor de Deus. Se for necessario chorar, vai aos braços de Jesus e chora. Mas depois, levanta a cabeça e continua tua caminhada vitoriosa em direção ao teu destino glorioso.
Que Deus coloque paz no teu coração.pois Deus é fiel.

   (Alejandro Bullón)

domingo, 12 de dezembro de 2010

PEDRA VIVA.


  Vocês, também, como pedras vivas, deixem que Deus os use na construção de um templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. 1 Pedro 2:5,

A Bíblia está cheia de pedras, do Gênesis ao Apocalipse. São 358 referências. Por que tanta pedra? Talvez porque o cenário da Bíblia é a Palestina, um lugar pedregoso por excelência.

Um agricultor, ao preparar a terra para o cultivo, precisava primeiramente limpá-la das pedras (Is. 5:2). Construíam-se muros de pedras para as vinhas (Pv 24:30, 31), colunas ou montões de pedras eram erigidos para comemorar acontecimentos importantes (Gn 28:18; 35:14), e para selar um tratado (Gn 31:46).

Além disso, usavam-se pedras para a construção de aquedutos, reservatórios e pontes. Um único bloco de pedra era utilizado para tapar a boca de um poço (Gn 29:2), para cobrir ou marcar sepulturas (Js 7:26; 2Sm 18:17), e como marcos indicadores ao longo das estradas. Salomão declarou que há tempo para tudo, inclusive de espalhar e de ajuntar pedras (Ec 3:5).

De todos os personagens bíblicos, Cristo é o que está mais ligado ao elemento pedra, tanto em seu aspecto literal como simbólico. As manjedouras encontradas nos sítios das antigas cidades do Oriente eram feitas de blocos de pedra escavados como gamelas, onde se colocava alimento para os animais. É provável que a manjedoura em que Cristo foi colocado fosse de pedra.

Trinta anos depois encontramos Cristo no deserto, preparando-Se para iniciar Seu ministério. E lá o diabo apresentou-se a Jesus, tentando-O a transformar pedras em pães. Satanás quis usar as pedras do deserto como pedras de tropeço contra Cristo. Mas como Cristo não tropeçou, Satanás usou este mesmo elemento na segunda tentação. Levou-O ao pináculo do templo e desafiou-O a lançar-Se dali abaixo, argumentando que os anjos O tomariam pelas mãos para que Ele não tropeçasse em alguma pedra.

Cristo é o fundamento sobre o qual a Sua igreja está construída. Ele é a pedra espiritual da qual os israelitas bebiam (1Co 10:4).

Pedras são minerais, e portanto não têm vida. Mas Cristo, pelo Seu poder, pode não apenas transformar pedras em pães, se o quiser, mas também pedras brutas em pedras vivas. E é isso que Ele quer fazer conosco: transformar-nos em pedras vivas em Sua casa espiritual, da qual Ele é a principal pedra de esquina.